segunda-feira, julho 10, 2017

OPINIÃO: A QUEDA DE TEMER PODE AFETAR PAULO CÂMARA DIRETAMENTE?

A política é mesmo um negocião para quem se transforma em um profissional qualificado nessa ciência. Nesse contexto eu incluiria o senador Fernando Bezerra Coelho, artífice arquiteto político que se transforma em camaleão de acordo com a cor do cenário que lhe serve de condição favorável para suas acomodações e intentos políticos-pessoais.
O flerte do Trio Coelho com o DEM está virando compromisso sério que pode findar em união

A grande cartada política em jogo atualmente rema em uma maré contrária aos interesses da reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) e da sua base aliada, a Frente Popular. Nessa cartada que dar um tiro para a partida das disputas eleitorais (que já começaram pelo menos nos bastidores políticos) o protagonista tem sobrenome “Coelho”.

A conversa em frente aos holofotes tanto do Senador Fernando Bezerra Coelho, quanto do Ministro de Ciências e Tecnologia, Fernando Filho, e do prefeito de Petrolina Miguel Coelho, ambos do PSB, é que marcharão em unidade pela reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) ao governo de Pernambuco. Já as informações de bastidor atropelam essa clarividente situação que ventila uma grande possibilidade do trio de migrar para o DEM do Presidente da Câmara Rodrigo Maia, e garantir candidatura própria no estado. As fotos que marcam encontros sucessivos do trio com Maia já focam nessa possibilidade e outra surge para reforçar ainda mais as especulações políticas do grande racha no partido socialista de Pernambuco: uma provável condução de Maia a presidência da República com uma já sinalização do afastamento de Michel Temer do cargo. O Ministro Fernando Filho permanece no cargo e nada mudará politicamente para os “Coelho” que foram e serão servis a Temer até sua permanência no poder, porque a velha balela de “ser fiel” cai por terra quando existem jogos de interesses muito mais evidentes.

O que pode ainda mais abalar as estruturas políticas do PSB em Pernambuco e de contrapartida prejudicar um já combalido governo Paulo Câmara, que nada em índices de impopularidade altíssimos, é também uma tramoia que já está sendo prevista pela imprensa e que circula nas conversas subterrâneas políticas, de que o próprio senador Bezerra Coelho estaria revestindo de ladrilhos de brilhantes uma ponte que busca atrair para a legenda do DEM 14 deputados da base socialista e assim montar um grande esquema para lançar o nome do atual Ministro Fernando Filho (que ainda não apareceu em nenhuma delação) ao governo de Pernambuco.

Basta ver nas retrospectivas como os políticos mudam de opinião de acordo com as suas vontades individuais. O prefeito de São Paulo – João Doria (PSDB-SP), o Governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e o presidente interino, Tasso Jereissati (PSDB-CE), hoje o primeiro escalão do partido, agora mudam o discurso e apregoam que Maia “tem condições” de conduzir o país caso Temer seja afastado em uma eventual aceitação da denúncia pela Câmara”. Nesse caso a família “Coelho” deve prosperar com a ideia de mudar de legenda, garantir o apoio do PSDB no Estado, mesmo com Bruno Araújo (PSDB-PE) a pleno vapor pensando em 2018 numa chance remota de disputar o governo de Pernambuco, e ainda por cima tendo que atropelar as pretensões do Ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE).

É ou não é uma cama de gato?

O cenário político com todo contexto relatado sem muitas minúcias ainda aponta as divergências políticas que podem ocorrer até o caminho que traçará as disputas eleitorais de 2018 em Pernambuco.
O nome de Marília Arraes (PT) desponta com preferência em uma provável terceira via ou quarta via ganhando terreno mesmo sendo de um partido que sofreu amplas derrotas na eleição passada (2014). O que pode não interferir tanto com relação a legenda, tem sido o envolvimento de todas as siglas em corrupção, e isso garante uma sobrevida para o partido no estado, com a somatória de que Pernambuco ainda acolhe as ideias do Partido dos Trabalhadores em sua maioria.

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) precisa acabar com a pecha de que é contra o trabalhador, mesmo tendo votado a favor da Reforma Trabalhista (Fernando Bezerra também votou a favor), e tem que provar para os eleitores pernambucanos que precisa urgentemente sair do ocaso que o levou a uma derrota quase que impossível em 2014, com as garantias de coalizões que o fará candidato com musculatura suficiente para enfrentar além do governo atual, os outros postulantes, e que, num provável segundo turno ele tem condições de aglutinar essas forças caso avance nas disputas.

Em Araripina com uma provável consumação da candidatura de Fernando Filho (PSB) já migrando para outra legenda, podemos imaginar um quadro divergente e improvável dos políticos que sempre deram sustentação ao Ministro e ao Senador Monteiro Neto. Nesse caso, deve prevalecer o bom-senso e o intuito de quem pode garantir as guinadas e as possibilidades para o Município avançar em uma direção e no rumo para construção das ideias e dos projetos que precisam ser alavancados.

E para findar o meu artigo, uma pergunta que surgiu aqui espontaneamente: e se a deputada Socorro Pimentel (PSL) resolver abraçar a ideia de caso se for convidada pela união em torno do Senador Armando Monteiro (PTB), sair vice na chapa para o governo de oposição?


Aí é outra história.

Só para finalizar: "Que Deus nos livre desse socialismo opressor que foi implantado em nosso Pernambuco, e que o litoral espraie para o nosso sertão o desejo de mudança que nos libertará dessa senzala instalada pelos Campos".

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